Letra G do logo do Google com redes neurais atrás, simbolizando o algoritmo MUVERA.

MUVERA, o novo algoritmo do Google: o que muda?

O Google anunciou, em junho de 2025, um novo algoritmo: o MUVERA. Essa novidade é parte da sua evolução em direção a uma busca mais inteligente, semântica e centrada na intenção do usuário. Agora, o motor de busca está ainda mais focado em entender o contexto das perguntas, e menos focado em palavras-chave “avulsas”. Agora, é preciso olhar diretamente para as necessidades dos usuário para aumentar as chances de aparecer na SERP, em respostas automáticas e snippets de destaque.
04/07/2025 12 minutos de leitura

O que é o MUVERA?

O MUVERA é o novo algoritmo de busca do Google anunciado em junho de 2025. Seu nome vem de Multi‑Vector Retrieval via Fixed-Dimensional Encodings e representa uma grande melhoria na maneira como o mecanismo entende o significado por trás das buscas: agora ele está ainda mais rápido e preciso.

Com as buscas ficando mais complexas, com perguntas conversacionais e contextos variados, o mecanismo de busca precisa ser capaz de acompanhar e responder de forma coerente. O MUVERA entra para resolver exatamente isso, tornando a recuperação de informações mais inteligente e contextual. Ao contrário dos modelos antigos que tentavam resumir um conteúdo inteiro em um único vetor (ou pontuação), o MUVERA trabalha com múltiplos vetores. Isso permite que o Google compreenda nuances, relações entre palavras e intenções por trás das perguntas com muito mais clareza.

Essa novidade torna o Google muito melhor em identificar conteúdos realmente relevantes, mesmo quando a pergunta do usuário foge das palavras exatas do texto. É um marco importante e decisivo na evolução da busca semântica e da IA generativa.

Como o algoritmo MUVERA funciona? (em linguagem simples)

Quando você faz uma busca, o Google precisa comparar sua pergunta com trilhões de documentos. Com o MUVERA, essa comparação deixa de ser feita de forma “superficial” (palavra por palavra) e passa a considerar o contexto completo da frase, como se estivesse interpretando a intenção por trás dela.

Ele faz isso através de uma técnica chamada multi-vector retrieval, que basicamente permite que cada parte da pergunta (cada “palavra-chave”) tenha seu próprio peso e importância. Depois, o MUVERA comprime essas informações em um único vetor “resumo”, que pode ser comparado com muito mais eficiência a outros conteúdos.

Considere o Google como uma grande biblioteca que precisa responder rapidamente à pergunta de cada visitante. Agora, em vez de procurar palavra por palavra em todos os livros da biblioteca, o Google entende a pergunta inteira de uma vez só e vai direto nas prateleiras com mais chance de ter a resposta ideal.

Exemplo prático: como a busca mudou

Vamos supor que alguém pesquise: “qual a melhor maneira de proteger dados de clientes em um e-commerce?”

Antigamente, o Google poderia focar em palavras como “proteger”, “dados” e “e-commerce”. Mas talvez entregasse resultados genéricos, como “como proteger seu computador” ou “tendências de e-commerce”.

Com o MUVERA, a busca entende que a intenção está relacionada a boas práticas de segurança digital focadas em lojas online. E, com isso, prioriza conteúdos que respondem diretamente à dúvida, mesmo que as palavras não estejam escritas exatamente como na pergunta.

De onde veio essa mudança?

Antes do MUVERA, o Google já vinha investindo pesado em inteligência artificial com algoritmos como o BERT e o MUM. Esses modelos melhoraram muito a capacidade do buscador de entender a linguagem humana, como interpretar contextos, sinônimos, gírias e perguntas complexas.

Mas ainda havia um desafio: a lentidão para processar buscas muito detalhadas ou compostas por várias partes. O MUVERA resolve justamente esse ponto, tornando todo esse processo mais ágil.

Como o novo algoritmo do Google afeta as SERPs e a presença nos resultados

O MUVERA foi projetado para interpretar melhor o contexto das buscas, isso fortalece ainda mais o crescimento de recursos como os destaques da SERP, as Visões Gerais de IA e outras formas de resposta direta. Ou seja: o Google está cada vez mais tentando resolver a dúvida do usuário ali mesmo, sem exigir um clique. E os conteúdos que tem maiores chances de aparecer nesse modelo são os mais claros, confiáveis e sem enrolação.

Conteúdos rasos estão perdendo espaço

Desde a atualização de 2024, o Google vem combatendo os conteúdos de baixa qualidade. Agora, com a implementação do MUVERA, o cerco aperta mais ainda, e os famosos “textos genéricos só pra ranquear” estão com os dias contados. O sistema entende melhor a profundidade, a estrutura e a intenção de um conteúdo. Isso significa que páginas superficiais, repetitivas ou montadas apenas com base em palavras-chave tendem a perder posições.

Reputação e autoridade de marca ganham peso

Outro ponto crucial é o reforço do conceito de E-E-A-T (experiência, expertise, autoridade e confiabilidade). Com o MUVERA, o Google está mais apto a identificar:

  • Quem realmente entende do assunto;
  • Quem publica com consistência e profundidade;
  • E quem tem sinais de reputação digital (links, menções, avaliações, etc.).

Ou seja, ter um conteúdo de qualidade e bem escrito é a porta de entrada para construir essa consistência e autoridade. É preciso falar do assunto para ser reconhecido como fonte confiável no ecossistema digital. Marcas e autores com histórico, reconhecimento e relevância se destacam.

MUVERA na prática: o que muda para SEO e marketing de conteúdo

Com o MUVERA, estratégias de SEO focadas exclusivamente em palavras-chave, sem contexto, deixam de funcionar. O novo sistema entende relações semânticas, contexto, intenção e profundidade com muito mais precisão. Ou seja, tentar “forçar a barra” com textos genéricos ou otimizados só para ranquear pode prejudicar a performance.

O conteúdo precisa ter propósito

Agora, conteúdos criados precisam ser:

  • Rico semanticamente (com vocabulário variado, exemplos reais, sinônimos e contexto);
  • Bem estruturado (títulos, intertítulos, hierarquia clara);
  • Orientado à intenção de busca (responder o que o usuário realmente quer saber);
  • Autêntico (com sinais de experiência e autoridade).

Isso vale para qualquer tipo de página: blog, landing page, produto ou institucional.

E-E-A-T reforçado: Google quer quem vive o que escreve

O Google está cada vez melhor em identificar conteúdos produzidos por quem realmente entende do assunto. O MUVERA aprofunda esse processo, analisando:

  • Experiência prática do autor
  • Qualidade das fontes e citações
  • Clareza técnica e profundidade do conteúdo
  • Engajamento dos usuários com a página
  • Consistência das informações em diferentes canais

Se você é uma empresa que tem conhecimento de mercado, agora é a hora de mostrar isso com conteúdos que demonstrem experiência real, não só teoria.

IA sim, mas com critério

Conteúdo gerado com inteligência artificial pode ser usado, desde que entregue valor. O MUVERA consegue diferenciar um texto genérico de um conteúdo bem feito, com análise, originalidade e utilidade. O filtro ficou mais rigoroso.

Como otimizar seu site e conteúdos para o MUVERA

O foco principal dos criadores de conteúdo deve ser na intenção de busca, profundidade semântica e organização de conteúdo.

Pense em temas completos, não só em palavras-chave

A lógica antiga era: escolha uma palavra-chave, crie um conteúdo e torça para ranquear. Com o MUVERA, isso deixa de funcionar.

Agora, você precisa criar clusters de conteúdo: páginas pilares que tratam de um tema central (como “marketing digital”) e conteúdos de apoio que exploram subtemas específicos (como “funil de vendas”, “SEO local”, “copywriting”, etc.). Essa estrutura ajuda o Google a entender que você domina o assunto e é uma fonte confiável.

Alinhe conteúdo com intenção de busca

O MUVERA entende o “porquê” de cada pesquisa. Por isso, o seu conteúdo precisa responder exatamente ao que o usuário quer saber, seja informando, orientando, vendendo ou comparando opções.

Evite misturar intenções na mesma página. Um conteúdo que tenta vender, educar e ranquear ao mesmo tempo pode acabar não fazendo nada bem. Foque em um objetivo por página.

Escreva com profundidade, clareza e propósito

Páginas superficiais, com textos genéricos ou lotados de palavras-chave, não têm mais vez. Para ranquear com o MUVERA, você precisa:

  • Ir a fundo no assunto
  • Usar linguagem natural, com sinônimos e variações
  • Evitar repetições forçadas de termos

A ideia é que o conteúdo “converse” com o algoritmo como um especialista falaria com um cliente.

Use formatos variados para reforçar contexto

Texto continua sendo muito importante, mas não está mais sozinho. O MUVERA analisa também vídeos, imagens, áudios e elementos interativos para entender melhor a relevância e a experiência do usuário. Por isso, vale apostar em vídeos, imagens, FAQs, podcasts, tudo o que ajudar a criar uma experiência mais rica para o usuário.

Foque em autoridade e consistência

O MUVERA dá peso à reputação de quem publica. Isso envolve:

  • Mostrar quem escreveu ou revisou o conteúdo;
  • Usar fontes confiáveis e citações relevantes;
  • Manter consistência de temas e linguagem entre canais (site, redes sociais, vídeos etc.).

Quem se posiciona como autoridade em um nicho tende a aparecer mais e melhor nos resultados.

Checklist para adaptar seu conteúdo ao MUVERA

Antes de publicar (ou revisar) qualquer conteúdo, passe por esta lista:

Intenção e utilidade

✅ Seu conteúdo responde a uma pergunta real, de forma clara e completa?

✅ A página tem um objetivo bem definido (informar, vender, comparar, etc.)?

✅ Você usou linguagem natural e pensou na intenção por trás da busca?

Contexto e profundidade

✅ O conteúdo vai além do óbvio, com explicações, exemplos e insights práticos?

✅ Há dados atualizados, fontes confiáveis e links externos relevantes?

✅ Você inclui sinônimos, variações e conexões semânticas no texto?

Organização e estrutura

✅ Você usa intertítulos claros (H2, H3) e uma hierarquia lógica?

✅ Há interlinking entre conteúdos relacionados (cluster de temas)?

✅ A leitura é fluida, escaneável e pensada para diferentes dispositivos?

Técnicas de SEO semântico

✅ Você usa schema markup nas páginas-chave (FAQ, artigos, produtos)?

✅ Existem FAQs com perguntas reais e bem estruturadas no conteúdo?

✅ Seu conteúdo cita entidades reconhecíveis (nomes, marcas, locais, termos técnicos)?

Multiformato e experiência

✅ Há imagens com legenda contextual e texto alternativo?

✅ Você incorporou vídeos, áudios ou blocos interativos onde faz sentido?

✅ O conteúdo oferece uma boa experiência visual e navegação intuitiva?

Autoridade e autenticidade

✅ O conteúdo tem autoria clara e demonstra experiência real no tema?

✅ Você evita textos genéricos ou feitos apenas para ranquear?

✅ O tom de voz é coerente com a marca e gera confiança?

O que esperar do futuro das buscas?

O Google está deixando cada vez mais claro o que já falamos aqui: o futuro da busca não é mais sobre cliques, é sobre respostas. Com algoritmos como o MUVERA, a prioridade é entender o que o usuário realmente quer e entregar essa resposta da forma mais direta e útil possível.

O ato de pesquisar está se transformando em uma conversa

Com o avanço da inteligência artificial, a experiência de busca está se tornando cada vez mais conversacional e contextual. Em vez de procurar por “palavras exatas”, o usuário já faz perguntas completas, espera respostas inteligentes e, muitas vezes, nem chega a clicar em um link.

Nesse cenário, quem produz conteúdo precisa mudar o foco:

  • De “como ranquear” para “como resolver”.
  • De “onde colocar palavras-chave” para “como ser útil”.
  • De “otimizar para o Google” para “otimizar para o usuário”.

A evolução do SEO: AEO e GEO

Agora, estratégias de SEO tem evoluído, agregando também as práticas de AEO (Answer Engine Optimization) e GEO (Generative Engine Optimization), que contemplam novas formas e ferramentas de busca, incluindo as de IA. Diante disso, o conteúdo precisa estar pronto para ir além dos resultados tradicionais, focando também nas respostas automatizadas, snippets, resumos gerados por IA e buscas por voz.

O que realmente faz diferença?

No fim das contas, o que garante presença nas primeiras posições não é uma fórmula mágica, é a consistência, estratégia e foco real na experiência do usuário. Para isso, é preciso:

  • Um site bem estruturado, que carrega rápido;
  • Um conteúdo que resolve, ensina ou orienta;
  • Uma página fácil de navegar, escaneável e bonita;
  • E, acima de tudo, um olhar atento para o que o usuário quer e precisa.

SEO de verdade com a MO4

Não adianta mais apostar em estratégias ultrapassadas de SEO que focam em criar conteúdos vazios, feitos apenas para preencher páginas com palavras-chave jogadas. O cenário das buscas evoluiu, e o comportamento do usuário também. Para ranquear de verdade, é preciso criar conteúdo real, que ajude de forma prática e direta quem está buscando uma solução.

E isso só acontece com imersão. Fazer SEO de verdade é entender o mercado da empresa, o público-alvo, a concorrência. É saber quem busca, como busca, o que precisa e como sua marca pode, de fato, ajudar.

Na MO4, a estratégia de SEO sempre foi assim: conteúdo estratégico, útil e com propósito. Porque pra gente, SEO só faz sentido quando entrega resultado de verdade para quem lê e para quem vende.

Entre em contato e saiba como nossa estratégia de SEO pode ajudar marcas a se reposicionarem no mercado.

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Raísa Fabel
o autor

Raísa Fabel

Analista de SEO e estrategista de conteúdo na MO4.

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