Um levantamento da SimilarWeb publicado em setembro de 2025 trouxe um dado que ajuda a dimensionar a disputa entre buscadores tradicionais e inteligência artificial generativa: 95,3% dos usuários do ChatGPT também acessaram o Google no mesmo mês, enquanto apenas 14,3% dos usuários do Google utilizaram o ChatGPT. Em números absolutos, isso significa 5,8 bilhões de acessos ao ChatGPT contra 83,8 bilhões ao Google.
Por que os usuários combinam ChatGPT e Google
O padrão de comportamento identificado não é casual. O ChatGPT entrega respostas rápidas, organizadas e, em muitos casos, personalizadas, enquanto o Google mantém o papel de fonte de pesquisa mais ampla e navegacional.
Quando um usuário busca explicações resumidas, comparações diretas ou síntese de informações complexas, a IA se mostra eficiente. Mas, na hora de avaliar diferentes pontos de vista, conferir credibilidade de fontes, acessar sites específicos ou concluir transações, o Google continua sendo a principal escolha.
Estudos recentes do Nielsen Norman Group reforçam essa ideia ao mostrar que até mesmo usuários intensivos de IA voltam ao Google para validar dados, checar originalidade das fontes ou aprofundar investigações. Isso evidencia que o modelo de linguagem não substitui a busca clássica, mas se integra a ela.
O impacto nas estratégias digitais
Para profissionais de marketing e SEO/GEO, o cenário não aponta para abandono do Google, mas para uma expansão do campo de atuação. O tráfego orgânico segue sendo determinante, mas a visibilidade em sistemas de IA generativa já começa a representar um diferencial competitivo.
Essa mudança exige que empresas combinem três frentes de trabalho:
- SEO tradicional, ainda responsável por assegurar posição nos rankings de pesquisa.
- AEO (Answer Engine Optimization), voltado à otimização de conteúdo para respostas diretas nos resultados do Google.
- GEO (Generative Engine Optimization), disciplina emergente que adapta a produção de conteúdo para aumentar a probabilidade de menções em respostas de IA.
Um estudo conduzido pela Universidade de Princeton em 2025 mostrou que conteúdos que utilizam dados estatísticos claros, fontes confiáveis e citações de especialistas têm 40% mais chances de serem referenciados por modelos generativos. Isso reforça a importância de criar material robusto, com densidade temática e qualidade editorial.
Como se preparar para a busca híbrida
O relatório da SimilarWeb deixa evidente que, pelo menos no curto prazo, o Google segue como ponto de partida da maioria das jornadas digitais. Mas o crescimento do ChatGPT indica que esse equilíbrio pode se alterar nos próximos anos. Para as empresas, o desafio é estar preparada para um ecossistema de busca híbrido.
Alguns ajustes estratégicos se mostram indispensáveis:
- Produzir conteúdos que abordem temas de forma ampla, com profundidade suficiente para cobrir variações de perguntas e termos relacionados.
- Utilizar marcação de dados estruturados, FAQs e formatos multimodais (texto, imagem, vídeo) que facilitem a interpretação tanto para algoritmos do Google quanto para modelos de linguagem.
- Inserir evidências verificáveis no conteúdo, como números atualizados e links para fontes de alta autoridade, aumentando as chances de citação por IAs.
- Monitorar constantemente o tráfego proveniente de diferentes origens, não apenas Google, para identificar tendências emergentes e ajustar rapidamente a estratégia.
O que esperar dos próximos anos
Enquanto o Google desenvolve recursos como o AI Mode, integrando respostas generativas ao tradicional ranking de links, a OpenAI avança com o plano de lançar um navegador próprio até o final de 2025. Essas movimentações indicam que a disputa não se limitará a volume de acessos, mas à capacidade de oferecer experiências mais completas de pesquisa e navegação.
Nesse contexto, falar em substituição não faz sentido. A tendência é de convergência. Usuários vão continuar transitando entre diferentes plataformas de acordo com a intenção de busca, e as marcas precisam garantir presença em todas elas.
Os dados confirmam que o Google ainda é o núcleo da busca online, mas também mostram que a inteligência artificial generativa já conquistou espaço real no comportamento do usuário. A questão não é se haverá transição, mas como essa coexistência vai evoluir.
Para empresas e profissionais de SEO, não basta competir por posição no Google. É necessário integrar práticas de SEO, AEO e GEO, produzindo conteúdo que seja confiável, rastreável e relevante tanto para mecanismos de busca tradicionais quanto para modelos de linguagem.
Na MO4, ajudamos marcas a navegar por essa transição com estratégias de performance técnica e posicionamento de autoridade.
Se você quer preparar seu negócio para o futuro da busca, entre em contato e confira como transformar esse cenário em vantagem competitiva!