Acessibilidade na web com usuário utilizando recurso.

A importância da acessibilidade digital e como implementar

A acessibilidade digital é importante para garantir que todas as pessoas, incluindo aquelas com deficiência, possam navegar, consumir e interagir com o conteúdo online. Adotar boas práticas de acessibilidade no seu conteúdo web é uma forma de ampliar o alcance da sua comunicação e cumprir uma importante responsabilidade social.
19/11/2024 7 minutos de leitura

O que é acessibilidade?

Acessibilidade é a condição que permite a todas as pessoas, especialmente aquelas com deficiência ou mobilidade reduzida, o acesso seguro, autônomo e facilitado a espaços, serviços e oportunidades.

A acessibilidade facilita a participação igualitária em todas as esferas da sociedade, promovendo o acesso ao trabalho, educação, lazer, cultura e serviços de comunicação e informação.

O que é acessibilidade digital?

Acessibilidade digital envolve o desenvolvimento e design de conteúdos e interfaces que sejam acessíveis a todas as pessoas, mesmo aquelas com limitações físicas, sensoriais ou cognitivas. É o que permite a criação de uma internet mais justa e acessível, ampliando o alcance e a usabilidade para todos.

Porque é importante?

A acessibilidade digital é uma ferramenta importante para eliminar barreiras que limitam o uso de tecnologias e melhorar a experiência de navegação, garantindo acesso a conteúdos e serviços de forma independente e eficaz para todas as pessoas.

Atualmente, mais de 1 bilhão de pessoas no mundo vivem com algum tipo de deficiência, representando um público significativo com diferentes necessidades de acessibilidade.

No Brasil, segundo o IBGE, esse número ultrapassa os 18 milhões de pessoas, incluindo pessoas com deficiências visuais, auditivas, motoras e neurodiversas, que enfrentam barreiras para acessar conteúdos que não estejam adaptados​.

Qual o principal objetivo?

O objetivo de promover acessibilidade na web é oferecer autonomia e acesso equitativo a conteúdos e serviços digitais. Essa medidas cumprem requisitos legais e contribuem para uma experiência do usuário inclusiva, reforçando a imagens das marcas e ampliando sua base de usuários.

Web Content Accessibility Guidelines (WCAG)

O WCAG (Web Content Accessibility Guidelines) é o principal guia internacional para acessibilidade digital, com recomendações baseadas em quatro princípios:

  • Perceptível: O conteúdo e os componentes de interface precisam ser apresentados de forma que os usuários possam percebê-los através dos sentidos.
  • Operável: Os elementos da interface devem ser utilizáveis por todos os usuários, independentemente de como navegam.
  • Compreensível: O conteúdo deve ser fácil de entender e de usar.
  • Robusto: O conteúdo deve ser robusto o suficiente para garantir seu funcionamento em navegadores e dispositivos diversos, podendo ser interpretado por tecnologias assistivas

A seguir, alguns exemplos das diretrizes do WCAG para diferentes níveis de conformidade:

  • Nível A: Assegura requisitos básicos de acessibilidade, como legendas em vídeos e descrições alternativas em imagens.
  • Nível AA: Requer práticas intermediárias, como contraste de cores adequado e textos de fácil leitura.
  • Nível AAA: Oferece a acessibilidade máxima, adaptando conteúdos para uma ampla diversidade de necessidades.

Quais são os tipos de acessibilidade digital?

Existem diferentes tipos de acessibilidade na web, cada um voltado para atender necessidades específicas de pessoas com deficiência. Conhecer esses tipos é fundamental para criar uma estratégia digital que inclua todos os usuários:

  1. Deficiência visual: Envolve pessoas com cegueira, baixa visão ou daltonismo. Usuários com deficiência visual navegam frequentemente com leitores de tela e podem enfrentar desafios em sites sem descrições de imagem ou contrastes adequados.
  2. Deficiência auditiva: Pessoas surdas ou com baixa audição podem usar legendas e janelas de tradução em Libras (Língua Brasileira de Sinais) para consumir conteúdos de vídeo.
  3. Deficiências motoras: Incluem limitações de mobilidade ou uso das mãos, que podem dificultar o uso de mouses ou teclados convencionais. Muitas vezes, essas pessoas navegam com teclados adaptados, dispositivos de rastreamento ocular ou comandos de voz.
  4. Neurodiversidade: Engloba condições como autismo, TDAH e dislexia, que afetam a interação e a compreensão de informações digitais. Conteúdos mais objetivos e com baixa distração ajudam na experiência desses usuários.
  5. Acessibilidade para idosos: Embora não seja uma deficiência, muitas pessoas idosas enfrentam dificuldades visuais, auditivas e motoras associadas ao envelhecimento. Adaptar o design e o conteúdo para garantir legibilidade, simplicidade e interfaces de fácil navegação melhora a acessibilidade para esse público também.

Senhora utilizando recurso de acessibilidade na web para deficiente visual.

Acessibilidade digital é lei?

A acessibilidade digital é um direito assegurado por leis específicas que reforçam a inclusão e a igualdade de acesso ao ambiente digital. Entre as principais regulamentações, se destacam:

  • Lei nº 13.146 de 2015 (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência ou LBI): Estabelece que é obrigatória a acessibilidade em sites de empresas e órgãos públicos, assegurando que pessoas com deficiência possam acessar informações e serviços online conforme diretrizes internacionais.
  • Decreto nº 6.949 de 2009: Reafirma o compromisso com a acessibilidade em todas as áreas, incluindo o acesso à informação e comunicação, como a internet e novas tecnologias digitais.
  • Decreto nº 5.296 de 2004: Define a acessibilidade como condição essencial para que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida possam utilizar espaços, dispositivos, sistemas e meios de comunicação de forma segura e autônoma. Este decreto foi um dos primeiros a reconhecer a importância de tornar o ambiente digital acessível.

Boas práticas de acessibilidade para implementar em sites

Para garantir acessibilidade em sites, tanto para desktop quanto para mobile, é importante ficar atento e aderir às boas práticas que tornam o conteúdo inclusivo:

Estrutura e navegação

  • Use uma estrutura semântica com cabeçalhos claros (<h1>, <h2>, etc.) para facilitar a navegação com leitores de tela.
  • Utilize descrições de links que sejam claras e descritivas, evitando frases como “clique aqui”.

Imagens e mídias

  • Insira texto alternativo (alt text) para todas as imagens relevantes, facilitando a compreensão do conteúdo visual para quem usa leitores de tela.
  • Em vídeos, inclua legendas e, sempre que possível, áudio descrição para cobrir todos os detalhes visuais importantes.

Design visual

  • Assegure um contraste de cor adequado (por exemplo, entre o fundo e o texto) para facilitar a leitura, especialmente para pessoas com baixa visão.
  • Evite o uso de cores isoladas para transmitir informações, e adicione textos ou ícones que reforcem o conteúdo.

Formulários

  • Use rótulos descritivos para campos de formulários e forneça mensagens de erro detalhadas, próximas ao campo com problema.
  • Garanta que os formulários possam ser preenchidos completamente com o teclado, sem necessidade de um mouse.

Conteúdo intuitivo e de fácil compreensão

  • Prefira frases curtas e linguagem direta. Isso facilita a compreensão e evita ambiguidades.
  • Evite conteúdos com animações automáticas ou piscantes, que podem prejudicar a experiência de navegação e causar desconforto.

Práticas de desenvolvimento

  • HTML semântico: Estruturar o código HTML com semântica clara, utilizando tags apropriadas como <header>, <nav>, <button>, e <form>.
  • Teste de acessibilidade: Realizar testes de acessibilidade automáticos e manuais, incluindo navegação por teclado e uso de leitores de tela.
  • Contraste e tamanho do texto: Aumentar o contraste e o tamanho das fontes para melhorar a visibilidade.
  • Área de clique ampla: Em dispositivos móveis, garanta que os botões tenham pelo menos 44×44 pixels para uma fácil interação.

Investir em acessibilidade digital é um passo importante na construção de experiência online verdadeiramente inclusiva e para ampliar o alcance de sua comunicação.

Se você quer saber mais sobre outros temas de tecnologia, acompanhe o blog da MO4 ou entre em contato com nossa equipe para mais informações.

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Raísa Fabel
o autor

Raísa Fabel

Analista de SEO e estrategista de conteúdo na MO4 web.

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